A americana Chloe Jennings-White, de 58 anos, vive em uma cadeira de rodas e quer que um médico a paralise da cintura para baixo, por opção própria. Ela sofre de uma condição rara chamada Transtorno de identidade de integridade corporal (TIIC), que faz com que as pessoas que sofrem desse mal tenham dificuldade em aceitar uma ou mais partes do corpo, muitas vezes procurando amputá-las.
Chloe sabia, desde criança, que havia algo diferente em seu modo de pensar. Agora ela está até disposta a pagar um cirurgião para ajudá-la a perder o movimento das pernas.
A cientista pesquisadora de Salt Lake City, Utah, sofre de uma doença rara que a deixa desesperada para viver a vida de uma pessoa com deficiência, apesar de poder andar e até esquiar.
Chloe encontrou um médico que está disposto a ajudá-la a ficar paraplégica, mas ela não pode pagar os custos, que são muito altos. “Talvez eu nunca consiga pagar, mas sei, verdadeira e profundamente, que não vou me arrepender se puder”, disse ela em entrevista ao Daily Mail.
“Algo em meu cérebro me diz que minhas pernas não devem funcionar. Ter qualquer sensação nelas parece errado.” Por causa de sua condição, Chloe tem recebido insultos e até ameaças de pessoas que não entendem a sua doença.
Em algumas ocasiões, Chloe ficou tão desesperada que tentou intencionalmente se machucar para perder o movimento das pernas. Ela também admite que gosta de esquiar devido à chance de sofrer um acidente e ficar paraplégica. “Eu esquio extremamente rápido e gosto de corridas perigosas. Fazer qualquer atividade que traga uma chance de eu ficar paraplégica me dá uma sensação de alívio da ansiedade causada pelo distúrbio”.
O psiquiatra Dr. Mark Malan, que trata de Chloe, afirmou em uma entrevista: “A pergunta que sempre faço é: é melhor ter alguém fingindo usar uma cadeira de rodas ou cometer suicídio?”
“Uma possibilidade seria fazer algum tipo de bloqueio nervoso para que esse membro não pudesse ser usado por um período de tempo, para deixar o paciente testar a realidade de ser fisicamente incapacitado temporariamente. Isso daria aos portadores de TIIC a chance de mudar de ideia, se quisessem.”
Alguns especialistas acreditam que o Transtorno de Identidade de Integridade Corporal é causado por uma falha neurológica, na qual o sistema de mapeamento do cérebro não consegue ver uma determinada parte do corpo.
Chloe acredita que é importante aumentar a conscientização sobre a condição e agora escreve para um grupo de apoio a pessoas que também sofrem de TIIC.
Fonte: Daily Mail