Não importa quem seja você ou o que você faz, mas com certeza você já teve a experiência de ficar com uma música ecoando na cabeça por horas e horas. É um fenômeno muito comum e que acontece com certa frequência, e por mais que você goste da música, depois de um dia inteiro sem conseguir se livrar dela, tudo se transforma em puro ódio. Vamos ver o porquê disso:
O fenômeno foi chamado de Earworm (Minhoca de Ouvido) pelo professor James Kellaris da Universidade de Cincinnati (EUA)
E já que 90% das pessoas vive esse fenômeno pelo menos uma vez por semana, a equipe de Kelly Jakubowski aprofundou os estudos no tema, e descobriu que três fatores contribuem para o loop: ritmo, melodia e intervalos
1. Ritmo
Um ritmo rápido, dançante e otimista torna a música mais pegajosa e mais fácil de ser lembrada.
2. Melodia
A forma da melodia também influencia bastante. Uma estrutura simples e um padrão rítmico (como canções infantis) fazem com que nosso cérebro se lembre disso mais facilmente.
3. Intervalos
Esse é o recurso mais usado pelas músicas pegajosas. A maioria usa intervalos únicos, mas sem se afastar da simplicidade da melodia. “É simples e diferente”, conclui Kelly Jakubowski.
Um estudo que ocorreu entre 2010 e 2013 elegeu as músicas mais grudentas, e Lady Gaga foi a vencedora, já que da lista, 3 são dela:
- Bad Romance, Lady Gaga
- Alejandro, Lady Gaga
- Poker Face, Lady Gaga
- Can’t Get You Out Of My Head, Kylie Minogue
- Bohemian Rhapsody, Queen
- Don’t Stop Believin, Jorney
Também concluiu-se que a música está fortemente conectada a emoções e memórias
Daniel Levitin, neurocientista, músico e professor da Universidade McGill (Canadá) explica que “a razão pela qual temos earworms é, principalmente, por ser a música uma adaptação evolucionária que nos ajuda a preservar informação factual e emocional através de um meio fácil de memorização”
E sabemos muito bem que certas músicas nos trazem lembranças de certos momentos de nossa vida. E é essa resposta emocional que acaba amplificando o efeito earworm
Tá, mas como se livrar da música?
O fenômeno pode durar mais quando a letra é desconhecida, já que o cérebro fica repetindo a parte que conhece para preencher os vazios deixados. Então, uma opção é escutar a música para ensinar ao cérebro o repertório completo.
Outra opção é tentar substituir a música que está na sua cabeça por outra. Muitos dizem que “God Save The Queen”, do Sex Pistols, funciona muito bem.
Se nada funcionar, ocupe a mente para sufocar aquela melodia chata que começa no fundo da sua mente. Televisão não ajuda muito, mas ler um livro exige mais do cérebro, silenciando a musiquinha (e as vozes)
Isso acontece com você? Qual sua técnica para se livrar da pegajosa?
Fonte: Diply
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