A forma como a Polônia utiliza amêijoas para controlar seu suprimento de água nem parece ser real – mas é!

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Amêijoa é o nome comum dado a várias espécies de moluscos. As amêijoas são muito utilizadas na alimentação humana, principalmente em pratos de restaurantes chiques. Mas elas têm outra utilidade bastante eficaz: alguns lugares do mundo decidiram monitorar a limpeza da água potável utilizando amêijoas e mexilhões.

A qualidade da água em Varsóvia, capital da Polônia, é monitorada por amêijoas. Um usuário polonês do Tumblr, que usa o apelido de Ftgurdy, explicou que a cidade de Varsóvia retira a água de um rio e “a bomba de água principal tem 8 moluscos com gatilhos presos às conchas. Se a água ficar muito tóxica, eles se fecham e os gatilhos interrompem o abastecimento de água da cidade automaticamente.”

A principal bomba de água de Varsóvia, na Polônia, possui 8 moluscos responsáveis por medir a toxicidade da água.

A empresa municipal de água e esgoto de Varsóvia explica que eles usam o biomonitoramento no sistema hidráulico para aumentar a segurança do processo de tratamento de água, isso porque alguns mexilhões são muito sensíveis à poluição da água.

Cada molusco no sistema hidráulico de Varsóvia é cuidadosamente selecionado pelos cientistas e passa por um processo de aclimatação. O processo demora cerca de duas semanas e, durante esse período, os cientistas também determinam a abertura natural de sua concha – as amêijoas deixam uma pequena abertura e se alimentam filtrando a água. Dentro de uma hora, um molusco pode filtrar e analisar a qualidade de 1,5 litro de água. Eles vivem apenas em águas completamente limpas e fecham suas conchas imediatamente se sentirem alguma impureza.

Após a conclusão do processo de aclimatação, os moluscos são colocados em um tanque de fluxo especialmente projetado.

Eles estão conectados ao controlador do sistema que envia dados para um computador que registra o grau em que as conchas dos moluscos estão abertas o tempo todo. Se a qualidade da água estiver ruim, as amêijoas fecham suas conchas para se protegerem do ambiente contaminado, o que faz disparar um alarme e desligar automaticamente o suprimento de água.

Para que as amêijoas não se acostumem com a água que está sendo testada, elas são utilizadas por apenas três meses. Depois que o processo é concluído, elas são devolvidas para a mesma água da qual foram tiradas e são marcadas pelos cientistas para que não sejam utilizadas novamente.

A empresa polonesa Waterworks afirma que esse método de biomonitoramento é uma das tecnologias comprovadas mais eficazes para testes de qualidade da água. Os mexilhões monitoram a qualidade da água para mais de 8 milhões de pessoas na Polônia.

A cidade de Minneapolis, nos Estados Unidos, também tem utilizado esse método. Os Serviços de Tratamento e Distribuição de Água de Minneapolis utilizam 12 mexilhões por manter a água limpa.

Há um documentário sobre o tema chamado Fat Kathy, e o trailer pode ser visto aqui.

Fonte: Bored Panda

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