“Como uma coisa que vive na água pode ter sede??”
Muito provavelmente você acaba de pensar isso ao ler o título desse post. Para chegar a uma resposta lógica, entretanto, é preciso analisar algumas questões.
A primeira delas é desvendar a sede em si. Afinal, o que é a sede? Dentro dos conceitos humanos, um animal terrestre como muitos, podemos responder rapidamente que a sede é necessidade de beber água. Aprofundando um pouco mais esse conceito, podemos dizer que a sede é um sinal do corpo nos avisando que precisamos nos hidratar rapidamente.
“Ah, então se a sede é provocada pela desidratação, um peixe jamais ficaria desidratado porque vive na água. Fim!”. Errr… Não vamos nos precipitar. Os peixes podem SIM ficar desidratados.
Não todos os peixes, mas com certeza os peixes de água salgada. Pelo fato da concentração de sal no interior de seus corpos ser menor que a do exterior, eles perdem água por osmose e, portanto, precisam ingerir água constantemente.
Já com o peixes de água doce, ocorre o contrário: seus corpos possuem mais sal que o exterior, portanto, eles perdem muito menos água e correm o risco de diluir o sangue caso venham a ingerir água demais. Neles, a água é absorvida basicamente pela pele.
“Então os peixes sentem mesmo sede, é isso?”. Não exatamente. Dizer que eles sentem sede como nós seria uma inverdade, até porque não temos como saber isso, mas sim, peixes de água salgada desidratam e precisam beber água o tempo todo, só que neles isso ocorre por um reflexo, algo automático. Eles não precisam sentir a sede.
Fonte: Science Abc | Noctula Channel
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