O assunto é bastante delicado e polêmico: comida viva. Em muitos países – Brasil incluso – é bastante comum que se comam pratos nos quais os animais servidos ainda estão completamente ou parcialmente vivos. E quando dizemos vivos, queremos dizer que é muito provável que ele ainda esteja se debatendo no prato antes de levá-los à boca.
Ressaltamos que o propósito aqui não é discutir questões morais, éticas ou religiosas, mas apresentar pratos que são típicos em vários países em forma de curiosidade e sem desrespeitar aqueles que concordem ou discordem com tais práticas culturalmente aceitas em suas regiões de origem.
1. Ying Yang Yu
O “Yin-yang” é um conceito chinês (taoismo) que pode ser interpretado como a complementariedade entre forças opostas. Neste prato, ele é aplicado no sentido de demonstrar que o peixe está vivo e morto ao mesmo tempo.
O animal é frito parcialmente, de modo que seu interior e, principalmente, sua cabeça permaneçam vivos, e servido com guarnições variadas. O peixe pode ficar até 30 minutos ainda vivo no prato enquanto é devorado.
2. Ikizukuri
Ikizukuri significa, literalmente, “preparado vivo” e é outra forma de sashimi. O consumidor escolhe o peixe de agrado e este é, em seguida, estripado de uma forma específica que preserva o animal ainda vivo. À medida que se come, é possível ainda ver o coração batendo, bem como os movimentos de respiração.
3. Sannakji
Neste prato coreano, pequenos polvos vivos são servidos inteiros ou com seus tentáculos cortados. Admito que exige uma certa coragem de colocar um polvo inteiro e ainda vivo na boca.
4. Sashimi de rã
Este prato japonês consiste numa rã servida cortada num prato de gelo. Sashimis são feitos de algumas das partes, enquanto outras incrementam uma sopa. O coração e cabeça permanecem intactos, o que permite ao animal se debater no prato enquanto é comido.
5. Salada Noma
Noma é um restaurante dinamarquês que está entre os 50 melhores do mundo. A novidade no cardápio é no mínimo estranha: formigas vivas são servidas junto à salada. O preparo dos insetos constitui basicamente em congelá-los até que seus movimentos fiquem mais lentos e, posteriormente, são servidos no lugar do crouton, adicionando textura e um leve sabor de capim-limão ao prato.
6. Queijo Casu Marzu
Significando literalmente “queijo podre”, essa iguaria proveniente da Sardenha, Itália, é condenada pela vigilância sanitária, mas ainda muito procurada no mercado negro. A razão disso tudo é que no processo de feitura do queijo, larvas de mosca-do-queijo são introduzidas, pois elas ajudam a quebrar as gorduras, liberando um líquido que deixa o laticínio mais macio.
Ah, vale lembrar que o queijo é comido com as larvas ainda vivas e elas podem saltar até 15 cm quando chacoalhadas.
7. Ostras
Em muitos lugares do mundo, inclusive no Brasil, é muito comum que se comam ostras in natura. O que muita gente talvez não se dê conta é de que elas ainda estão vivas quando consumidas, o que garante o frescor, sendo mais improvável que se tenha uma bela de uma intoxicação alimentar depois. O preparo consiste basicamente em abrir a concha do marisco e serví-lo com sal, limão ou quaisquer outros temperos.
Fonte: Wonderlist